O AMOR ACABOU ... (COM ELE)
Eles terminaram fazia 8 meses.
Ele nunca mais a encontrara.
Já estava em outro relacionamento.
Carolina quem sugeriu:
-- Melhor acabar por aqui!
Ele aceitou, resignado.
Tamanha perda por tão pouco!
Beijou-a um centímetro abaixo do pescoço,
Sussurrou-lhe no vento soprado dos lábios:
-- Carolinda!
Ela riu, debochada.
Ele feriu-se em algum lugar da região torácica.
Chamou-a (xingou-a):
-- Simplória!
Então...:
-- Melhor acabar por aqui!
Acabaram!
Inadvertidamente, um reencontro.
Ele, de Nova Namorada,
Ela, sozinha.
Ele, não por crueldade, percebera que Ela não se comparava à
Atual.
Esta, mais alta, mais atlética, mais elegante.
Em tudo muito mais que Ela.
A sensação era de triunfo.
Quando acabaram chorou por semanas.
Perambulou meses.
Recompôs-se e surgiu a Atual, ou
Surgiu a Atual e recompôs-se.
Não lembrava mais em que ordem.
Ela finalmente o reconheceu.
A sensação era de triunfo.
Carolina deixou sua mesa e foi ao seu encontro.
Próximos, não por crueldade, ele confirmara:
A Atual era de uma superioridade gritante!
Ela cumprimentou a Atual com simpatia.
Um abraço, um beijo e um queijo!
A Ele, não por crueldade, disparou um sorriso maroto.
Segurou o olhar acastanhado por dois eternos segundos.
Os olhos muito abertos, como costumava fazer.
Depois, uma única e lenta piscada.
Ele feriu-se em algum lugar da região torácica.
Um vento soprado do passado, sussurrou-lhe:
“Carolinda!”
Ele aceitou, resignado.
Ela riu, debochada.
A sensação era de triunfo.
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(Maurício Palmeira)
(Maurício Palmeira)
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