A língua portuguesa provém do latim, o
idioma falado por um povo rústico que vivia
no Lácio, região central da Península
Itálica. O tempo e a expansão do Império
Romano fizeram com que a língua latina
passasse por inúmeras transformações e
conquistasse um papel fundamental na história
da civilização ocidental. Foi justamente
uma dessas transformações que deu origem
à língua portuguesa, num processo
rico e dinâmico, que deve ser entendido
em seu permanente movimento, porque
toda língua é um organismo vivo, que serve
para os homens estabelecerem relações
entre si, conhecerem outros povos e outras
culturas,realizarem transações comerciais,
enfim, exercitarem sua comunicação diária.
Nesse contato permanente, a língua se
constrói, incorpora novos termos, transforma
outros já existentes, influencia outros idiomas
e recebe influências.
O que fez a língua latina se desenvolver foi a
necessidade dos romanos – que habitavam
a Península Itálica – de expandir seu domínio.
Até meados do século IV a.C., os romanos
não haviam ampliado muito as fronteiras do
antigo Lácio, permanecendo o latim quase
que restrito a essa região. Com a guerra contra
os samnitas, em 326 a.C., iniciou-se um longo
período de conquistas com o qual o Império
Romano veio a atingir o máximo de sua expansão
geográfica, levando também sua língua, seus
hábitos de vida e instituições às mais
diversas regiões da Europa, África e Ásia.
Desse longo período expansionista, o fato
decisivo para o surgimento da língua
portuguesa foi a conquista pelos romanos,
no século III a.C., da Península Ibérica. Essa
parte da Europa, que hoje compreende Portugal
e Espanha, era habitada por povos diversos,
entre eles os celtas, iberos, púnico-fenícios,
lígures e gregos, que, na convivência com os
invasores romanos, incorporaram a língua latina,
que passou a ser sua língua predominante até
por volta do século V d.C.
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