
Oh, saudades
Do meu leito de repouso espontâneo
Que sustenta o peso
De desorientadas correntes
De ventos de palavras.
Com infeliz vivacidade,
Indesejada e repelida
O batedor retrai,
Ressequido,
De tanto transbordar.
Profundo incômodo agonizante,
Por toda extensão sofrido,
Que é cofre de sombras,
Inatingível o interior.
Põem-me de canto
As capas lubrificantes,
Quando delas faço necessidade
Para aumentar o balão de sofrimento
Ao contemplar o meu amor,
Dela faço posse
Mortificado e longíquo,
Tamanho o grito surdo
Que ecoa do equilíbrio às pontas.
Mas traem-me as malditas!
Quando a saca cai pesada
Semicerram-se os faróis,
mas já não é possível sonhar!
*********************************
(Aluna Eduarda Ramos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário