30 setembro 2012
26 setembro 2012
OS DEZ MANDAMENTOS DO ALUNO PREGUIÇOSO
01- Viva para descansar.
02- Ame sua cama, ela é o seu templo.
03- Se vir alguém descansando, ajude-o.
04- Descanse de dia para poder dormir à noite.
05- O trabalho é sagrado, não toque nele.
06- Nunca faça amanhã o que você pode fazer depois de
amanhã.
07-Trabalhe o menos possível, o que tiver que ser feito
deixe que outra pessoa faça.
08- Calma, ninguém morreu por descansar.
09- Quando sentir desejo de trabalhar, sente e espere que
ele passe.
10- Não se esqueça, trabalho é saúde. Deixe o seu para os
doentes.
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02- Ame sua cama, ela é o seu templo.
03- Se vir alguém descansando, ajude-o.
04- Descanse de dia para poder dormir à noite.
05- O trabalho é sagrado, não toque nele.
06- Nunca faça amanhã o que você pode fazer depois de
amanhã.
07-Trabalhe o menos possível, o que tiver que ser feito
deixe que outra pessoa faça.
08- Calma, ninguém morreu por descansar.
09- Quando sentir desejo de trabalhar, sente e espere que
ele passe.
10- Não se esqueça, trabalho é saúde. Deixe o seu para os
doentes.
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COMO FALAR MUITO SEM DIZER NADA
A tabela abaixo permite a composição de dez mil sentenças: basta combinar, em sequência, uma frase da primeira coluna, com uma da segunda, da terceira e da quarta (seguindo a mesma linha, ou "pulando"de uma para outra).
O resultado sempre será uma sentença correta, mas sem nenhum conteúdo.
Experimente na próxima reunião ou redação!
Coluna 1
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Coluna 2
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Coluna 3
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Coluna 4
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Caros colegas,
|
a execução deste projeto
|
nos obriga à análise
|
das nossas opções de desenvolvimento
futuro.
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Por outro lado,
|
a complexidade dos estudos efetuados
|
cumpre um papel essencial na
formulação
|
das nossas metas financeiras e
administrativas.
|
Não podemos esquecer que
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a atual estrutura de organização
|
auxilia a preparação e a
estruturação
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das atitudes e das atribuições da
diretoria.
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Do mesmo modo,
|
o novo modelo estrutural aqui
preconizado
|
contribui para a correta
determinação
|
das novas proposições.
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A prática mostra que
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o desenvolvimento de formas
distintas de atuação
|
assume importantes posições na
definição
|
das opções básicas para o sucesso do
programa.
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Nunca é demais insistir que
|
a constante divulgação das
informações
|
facilita a definição
|
do nosso sistema de formação de
quadros.
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A experiência mostra que
|
a consolidação das estruturas
|
prejudica a percepção da importância
|
das condições apropriadas para os
negócios.
|
É fundamental ressaltar que
|
a análise dos diversos resultados
|
oferece uma boa oportunidade de
verificação
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dos índices pretendidos.
|
O incentivo ao avanço tecnológico,
assim como
|
o início do programa de formação de
atitudes
|
acarreta um processo de reformulação
|
das formas de ação.
|
Assim mesmo,
|
a expansão de nossa atividade
|
exige precisão e definição
|
dos conceitos de participação geral
|
COISAS QUE VOCÊ VAI APRENDER AO ENTRAR NA FACULDADE
1. Não importa o quão tarde é a sua primeira aula, você vai dormir durante ela;
2. Você vai mudar completamente e nem vai notar;
3. Você pode amar várias pessoas de maneiras diferentes;
4. Alunos de faculdade também jogam aviões de papel durante as aulas;
5. Se você assistir às aulas calçado, todo mundo vai perguntar por que você foi tão chique para a faculdade;
6. Cada relógio no prédio mostra um horário diferente;
7. Se você era inteligente no colegial... azar o seu!
8. Não importa tudo o que você prometeu quando passou o vestibular, você vai às festas da faculdade, mesmo que sejam na noite anterior à prova final;
9. Você pode saber toda a matéria e ir mal na prova;
10. Você pode não saber nada da matéria e tirar dez na prova;
11. A sua casa é um ótimo lugar para se visitar;
12. A maior parte da educação é adquirida fora das aulas;
13. Se você nunca bebeu, vai beber;
14. Se você nunca fumou, vai fumar;
15. Se você nunca transou, vai transar;
16. Se você não fizer nada disto durante a faculdade, não fará nunca mais na vida, a não ser que você faça uma nova faculdade;
17. Você vai se tornar uma daquelas pessoas que seus pais falaram para você não se meter com elas;
18. Psicologia é, na verdade, biologia;
19. Biologia é, na verdade química;
20. Química é, na verdade física;
21. Física é na verdade matemática;
22. Ou seja, mesmo depois de estudar anos, você não vai saber nada;
23. Que sentir depressão, solidão e tristeza, não são frescuras de quem não tem o que fazer;
24. Que você sempre vai prometer que no próximo semestre você vai estudar mais, festejar menos, mas que na certa acontecerá o contrário;
25. As únicas coisas que compensam na faculdade são os amigos que você fará lá;
26. Não verá a hora de terminar a faculdade;
27. E quando terminar, perceberá que foi a melhor época de toda a sua vida.
20 setembro 2012
EU NÃO O CONHECI
Meu filho foi embora e eu não o conheci. Acostumei-me com ele em casa e me esqueci de conhecê-lo. Agora que sua ausência me pesa, é que vejo como era necessário tê-lo conhecido.
Lembro-me dele. Lembro-me bem em poucas ocasiões.
Um dia, na sala, ele me puxou a barra do paletó e me fez examinar seu pequeno dedo machucado. Foi um exame rápido.
Uma outra vez me pediu que lhe consertasse um brinquedo velho. Eu estava com pressa e não consertei. Mas lhe comprei um brinquedo novo. Na noite seguinte, quando entrei em casa, ele estava deitado no tapete, dormindo e abraçado ao brinquedo velho. O novo estava a um canto.
Eu tinha um filho e agora não tenho mais porque ele foi embora. E este meu filho, uma noite, me chamou e disse:
- Fica comigo. Só um pouquinho, pai.
Eu não podia; mas a babá ficou com ele.
Sou um homem muito ocupado. Mas meu filho foi embora. Foi embora e eu não o conheci.
(Oswaldo França Júnior)
GERAÇÕES: BABY BOOMER, X, Y, Z.
Os Baby
Boomers: A geração da TV (1946/1964)
Os Baby Boomers compreendem os nascidos entre os anos de 1946 e 1964.
O termo "Baby Boomer" é usado como referência aos “filhos” do baby
boom, explosão demográfica pós-Segunda Guerra Mundial, que ocorreu em maior
escala nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.
Mais do que uma explosão demográfica, essa foi uma transformação cultural. A
ascensão da televisão moldou o comportamento desses jovens, visto que ela
servia como mensageira e mobilizadora, e ainda retratava a juventude como um
grande acontecimento. Essa geração participou da revolução dos anos 1960,
o que mudou não só o papel das mulheres na sociedade, mas também o papel dos
jovens. Eles desenvolveram sua própria cultura, pelo fato de existir um grande
abismo entre eles e seus pais. Devido a isso, criaram seu estilo de vida
próprio e tinham a televisão como principal ferramenta de comunicação.
Dessa geração surgiram os ideais de liberdade, o feminismo e os movimentos
civis a favor dos negros e homossexuais. O comportamento hippie também surgiu
nessa época e junto a ele, protestos contra a Guerra Fria e a Guerra do Vietnã.
No Brasil, a geração foi marcada pelos festivais de música, que eram uma forma
de expressão político-ideológica dos jovens diante da repressão e censura da
ditadura militar.
Geração X: O início
da internet. Os bebês dos anos 1965/1979
Nos Estados Unidos, o termo Geração X foi, inicialmente, referido ao período do
"baby bust", ou seja, a geração pós-baby boom, quando as famílias
começaram a ter menos filhos por casal. No Reino Unido, o termo foi utilizado
primeiramente em 1964, em um estudo sobre a juventude britânica, que revelou
uma geração de adolescentes com hábitos e preocupações diferentes das gerações
anteriores. Eram jovens que dormiam juntos antes que estivessem casados, não
acreditavam em Deus, não gostavam da Rainha e não respeitavam os pais.
Essa geração viveu em uma sociedade onde havia descrença no governo, falta de
confiança na liderança, apatia política, aumento do divórcio e do número de
mães que transformaram a maneira de se relacionar com a sociedade. Foi a partir
dessa geração que surgiram as preocupações com a destruição ambiental e as
questões ecológicas. Este foi o início da internet e o fim da Guerra Fria,
outra característica cultural marcante da Geração X.
Geração Y: Os nascidos
entre os anos 1980 e 1995
Chamados de Geração Y, estes jovens nascidos entre as décadas de 80 e 90 têm
características muito especiais, pois foram os únicos que acompanharam a
revolução tecnológica desde pequenos. Eles se conectaram desde cedo com o mundo
digital e aprenderam na raça como incorporar em seu cotidiano as novas
tecnologias, conseguindo, assim, desenvolver competências diferentes das
gerações anteriores: a Baby Boomers e Geração X.
Durante os anos 90, as tecnologias criadas na década de 80 foram aperfeiçoadas
e popularizadas, entre elas, o computador, a internet e o telefone celular. A
internet passou a ser uma nova mídia e conceito que mudou todo o comportamento
das pessoas, em especial destes jovens. A internet trouxe um mundo de infinitas
possibilidades, sendo uma ferramenta muito útil para explorar diversos assuntos
e, consequentemente, permitindo que eles desenvolvessem ainda mais a
curiosidade e capacidade para mexer com estas tecnologias.
Aliás, isso também possibilitou o desenvolvimento da independência, já que eles
podiam achar as respostas para suas dúvidas facilmente, rapidamente e,
principalmente, sozinhos. Portanto, eles estão se tornando uma geração mais
crítica, pois possuem ferramentas para questionar, desafiar e discordar. Não
aceitam explicações simples e óbvias. A internet permite debates em tempo real
com pessoas de diferentes lugares e idades por meio de bate-papos e fóruns, o
que os torna jovens mais questionadores e prontos para mudar o que julgam não
estar certo. O lado negativo desse ambiente online é que os jovens podem perder
suas habilidades sociais.
Com o ritmo acelerado da tecnologia, eles se tornaram especialistas na
realização de multitarefas, além de serem efêmeros, imediatistas e bem
informados, mesmo que com certa superficialidade e um comportamento alienado ou
mesmo despreocupado em relação aos problemas sociais e ideológicos. Apesar
disso, essa ainda é uma geração curiosa, empreendedora, flexível, colaboradora,
que concebe bem a necessidade e o momento em que vivemos de troca de informações
e partilhas de vivências e conhecimentos.
Para cada grupo particular, esses jovens receberam um nome. Dessa forma, não
existe ainda um termo generalizado. O nome Geração Y, por exemplo, originou-se
como sucessor da Geração X, termo criado para designar os nascidos entre a
década de 60 e 70.
Geração
Z: Os Nascidos
a partir de 2000
A Geração daqueles que
nasceram sob o advento da internet e do boom tecnológico. São jovens críticos, impacientes, dinâmicos e
lidam com a constante mudança de opinião diante de fatos e acontecimentos. Esses jovens também funcionam a curto prazo e
buscam experimentação precoce das coisas.
Alguns
fatores diferenciam claramente os “Zs” das outras gerações. Em primeiro lugar,
eles não
vislumbram uma carreira profissional, nem gastam muito de seu
tempo com estudos. Há teóricos mais radicais que chegam a afirmar que, em 2020,
haverá escassez de médicos e cientistas (será?). Outra característica é a facilidade que têm de operar
qualquer instrumento tecnológico. Isso porque eles nunca
conceberam o mundo sem computador, chats e telefones celulares. E assim,
diferentemente de seus pais, eles não se incomodam em navegar na internet,
falar ao telefone e ouvir música, tudo ao mesmo tempo.
Essas diferenças os tornam mais avançados
em relação à tecnologia e a novos conceitos, mas também os transformam em
egocêntricos, que se
preocupam só consigo mesmo na maioria das vezes. E, por isso
mesmo, eles estão preocupados com uma questão específica: a da
sustentabilidade. Mas não por se preocuparem com o futuro do planeta, mas
porque avaliam as condições dos próximos anos para si mesmos. Ao receberem um
benefício, os “Zs” o analisam de maneira diferente, colocando no topo de
prioridades seus interesses pessoais e não um valor agregado. Seguindo esse
raciocínio, a geração
Z não gosta de resolver problemas com a ajuda dos outros,
preferindo resolvê-los por si mesmos.
Fato consumado é que em cerca de dois anos
o mercado de trabalho já vai agregar a geração Z e suas aspirações. Isso
significa mudança
e inovação de questões relacionadas a liderança, motivação e, principalmente,
ao ambiente organizacional. A hierarquia vertical, por exemplo,
não é bem vista por esses garotos, que podem facilmente conversar com o chefe
como se falasse com o subalterno, apesar de identificar que o outro tem mais
poder do que ele. Outra tendência refere-se à predileção por trabalhar em casa,
na qual prevalece a comodidade, o recuo em relação ao trabalho em equipe e
principalmente a questão individual, de trabalhar sozinho.
Outra característica
marcante da Geração Z são problemas de interação social. Muitos deles sofrem
com a falta de expressividade na comunicação verbal, o que acaba por causar
diversos problemas principalmente com a Geração Y, anterior a sua. Essa Geração
também é marcada pela ausência da capacidade de ser ouvinte.
A Geração Z é um tanto quanto desconfiada quando o assunto é
carreira de sucesso e estudos formais, pois para eles isso é um tanto quanto
vago e distante. Segundo especialistas, poderá haver uma “escassez” de médicos
e cientistas no mundo pós-2020.
Enfim,
essa geração – chamada também de Geração Silenciosa, talvez pelo fato de
estarem sempre de fones de ouvido (seja em ônibus, universidades, em casa...),
escutarem pouco e falarem menos ainda – pode ser definida como aquela que tende
ao egocentrismo, preocupando-se somente consigo mesmo na maioria das vezes.
17 setembro 2012
ELEMENTOS DE COESÃO
RELAÇÃO
DE SENTIDO
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Causa
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porque,
pois, por, porquanto, dado, visto, como, por causa de, devido a, em vista de, em virtude de, em
face de, em razão de, já que, uma vez
que, visto que, dado que.
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Consequência
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tão,
tal, tamanho, tanto que, de modo que, de maneira que, de sorte que, por conseguinte, logo, portanto,
pois, assim sendo, assim, como
resultado.
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Condição
|
se,
caso, mediante, sem, salvo contanto que, desde que, a não ser que, exceto se
|
Finalidade
|
para,
porque para que, a fim de que, a fim de, com a intenção de, com o propósito de, com o fito de, com
o intuito de.
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Prioridade, relevância
|
em primeiro lugar,
antes de mais nada, acima de tudo, precipuamente, mormente, principalmente,
sobretudo.
|
Oposição
|
mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
conquanto, no entanto, apesar de, a
despeito de, não obstante, malgrado a,
sem embargo de, se bem que, mesmo que, ainda que, em que pese, posto
que, por mais que, por muito que, muito embora.
|
Comparação
|
como, qual, do mesmo modo, como se, assim
como, tal como, da mesma forma, sob o mesmo ponto de vista, semelhantemente,
similarmente, de maneira idêntica, igualmente, por analogia, assim também.
|
Tempo , ordem, sucessão
|
quando, enquanto,
apenas, mal, logo que, assim que, depois que, desde que, todas as vezes que,
sempre que, então, enfim, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio,
posteriormente, em seguida, atualmente, hoje, constantemente, às vezes,
ocasionalmente, raramente, nesse ínterim, nesse meio tempo, enquanto isso
|
Certeza, ênfase
|
de certo, por certo,
certamente, indubitavelmente, sem
dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
|
Dúvida
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talvez, provavelmente,
possivelmente, quiçá, é provável, não é
certo, se é que, quem sabe?
|
Surpresa, imprevisto
|
inesperadamente,
inopinadamente, de súbito, imprevistamente,
surpreendentemente
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Propósito,
intenção, finalidade
|
com o fim de, a fim
de, com o propósito de, propositadamente, de propósito, para que;
intencionalmente
|
Contraste, restrição,
ressalva
|
pelo contrário, em
contraste com, salvo, exceto, menos , conquanto, porém, todavia, embora,
apesar de, entretanto.
|
Proporção
|
à proporção que, à
medida que, ao passo que, quanto mais...mais/menos.
|
Conformidade
|
como, consoante,
conforme, segundo, de acordo com,
em conformidade com.
|
Alternância
|
Ou, nem ... nem, ou... ou, ora... ora,
quer... quer, seja... seja.
|
Adição, continuação
|
e, nem (= e também
não) não só... mas também, tanto... como,
não apenas ... como, além disso, ademais, outrossim, ainda mais, por
outro lado, também, inclusive
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Lugar, proximidade,
distância
|
perto de, próximo a ou
de, dentro, fora, mais adiante, além, este,esse, aquele, aquém de.
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Ilustração,
esclarecimento
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por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou
por outra, a saber, ou seja, o que equivale a.
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Resumo, recapitulação,
conclusão
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em suma, em síntese,
em conclusão, enfim, em resumo, por último, assim, então, dessa forma.
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Afirmação
|
A verdade é que, o
fato é que, é inquestionável que, o certo é que , sabe-se que, é notório que,
é de conhecimento comum que.
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14 setembro 2012
O PASSARINHO ENGAIOLADO
Dentro de uma linda gaiola vivia um
passarinho. De sua vida o mínimo que se poderia dizer era que era segura e
tranquila, como seguras e tranquilas são as vidas das pessoas bem casadas e dos
funcionários públicos.
Era
monótona, é verdade. Mas a monotonia é o preço que se paga pela segurança. Não
há muito o que fazer dentro dos limites de uma gaiola, seja ela feita com
arames de ferro ou de deveres. Os sonhos aparecem, mas logo morrem, por não
haver espaço para baterem suas asas. Só fica um grande buraco na alma, que cada
um enche como pode. Assim, restava ao passarinho ficar pulando de um poleiro
para outro, comer, beber, dormir e cantar. O seu canto era o aluguel que pagava
ao seu dono pelo gozo da segurança da gaiola.
Bem
se lembrava do dia em que, enganado pelo alpiste, entrou no alçapão. Alçapões
são assim; têm sempre uma coisa apetitosa dentro. Do alçapão para a gaiola o
caminho foi curto, através da Ponte dos
Suspiros.
Há
aquele famoso poema do Guerra Junqueiro, sobre o melro, o pássaro das risadas
de cristal. O velho cura, rancoroso, encontrara seu ninho e prendera os seus
filhotes na gaiola. A mãe, desesperada com o destino dos filhos, e incapaz de
abrir a portinha de ferro, lhes traz no bico um galho de veneno. Meus filhos, a
existência é boa só quando é livre. A liberdade é a lei. Prende-se a asa, mas a
alma voa... Ó filhos, voemos pelo azul!... Comei!
É
certo que a mãe do passarinho nunca lera o poeta, pois o que ela disse ao seu
filho foi: Finalmente minhas orações foram respondidas. Você esta seguro, pelo
resto de sua vida. Nada há a temer. Não é preciso se preocupar. Acostuma-se.
Cante bonito. Agora posso morrer em paz!
Do
seu pequeno espaço ele olhava os outros passarinhos. Os bem-te-vis, atrás dos
bichinhos; os sanhaços, entrando mamões adentro; os beija-flores, com seu
mágico bater de asas; os urubus, nos seus voos tranquilos da fundura do céu; as
rolinhas, arrulhando, fazendo amor; as pombas, voando como flechas. Ah! Os
prudentes conselhos maternos não o tranqüilizavam. Ele queria ser como os
outros pássaros, livres... Ah! Se aquela maldita porta se abrisse.
Pois
não é que, para surpresa sua, um dia o seu dono a esqueceu aberta? Ele poderia
agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre!
Saiu.
Voou para o galho mais próximo. Olhou para baixo. Puxa! Como era alto. Sentiu
um pouco de tontura. Estava acostumado com o chão da gaiola, bem pertinho. Teve
medo de cair. Agachou-se no galho, para ter mais firmeza. Viu uma outra árvore
mais distante. Teve vontade de ir até lá. Perguntou-se se suas asas
aguentariam. Elas não estavam acostumadas.
O
melhor seria não abusar, logo no primeiro dia. Agarrou-se mais firmemente
ainda. Neste momento um insetinho passou voando bem na frente do seu bico.
Chegara a hora. Esticou o pescoço o mais que pôde, mas o insetinho não era
bobo. Sumiu mostrando a língua.
—
Ei, você! - era uma passarinha. - Vamos voar juntos até o quintal do vizinho.
Há uma linda pimenteira, carregadinha de pimentas vermelhas. Deliciosas. Apenas
é preciso prestar atenção no gato, que anda por lá... Só o nome gato lhe deu um
arrepio. Disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha
procurou outro companheiro. Ele preferiu ficar com fome. Chegou o fim da tarde e,
com ele a tristeza do crepúsculo. A noite se aproximava. Onde iria dormir?
Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde a sua gaiola ficava
dependurada. Teve saudades dele.
Teria de dormir num galho de árvore, sem
proteção. Gatos sobem em árvores? Eles enxergam no escuro? E era preciso não
esquecer os gambás. E tinha de pensar nos meninos com seus estilingues, no dia
seguinte.
Tremeu
de medo. Nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada. Somente podem
gozar a liberdade aqueles que têm coragem. Ele não tinha. Teve saudades da
gaiola. Voltou. Felizmente a porta ainda estava aberta.
Neste
momento chegou o dono. Vendo a porta aberta disse:
—
Passarinho bobo. Não viu que a porta estava aberta.
Deve estar meio cego. Pois
passarinho de verdade não fica em gaiola. Gosta mesmo é de voar...
(Rubem Alves)
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PINÓQUIO ÀS AVESSAS
Era uma vez um menininho, de carne e osso,
igual a tantos que se deleitam nas coisas simples que a vida dá. Ria nos seus
mundos de faz de conta, voava nas asas dos urubus, assustava os peixes, nariz
achatado nos vidros dos aquários, assobiava para os perus, andava na chuva.
Todas estas coisas que as crianças fazem e os adultos desejam fazer e não
fazem, por vergonha. Sua vida escorria feliz por cima do desejo.
Não sabia que uma conspiração estava em
andamento. Tudo começara bem antes, quando um nome lhe fora dado. Nome do pai.
Claro, confissão de intenções: que o menino sem nome e sem desejos aceitasse
como seus o nome e desejos de um outro que ele nem mesmo conhecia. Filho,
extensão do pai, realização de desejos não realizados, sobrevivência do seu
corpo, uma pitada de onipotência, uma gota de imortalidade.
"Que é
que ele vai ser quando crescer? Médico? Diplomata? Cientista?"
E as
conversas se prolongavam, temperadas com sorrisos e boas intenções, enquanto
silenciosas se teciam as malhas do desejo em que pai e mãe esperavam colher/
acolher/ encolher o menino dos desejos simples...
Até que
chegou o dia em que lhe foi dito: “É preciso ir para a escola. Todos os meninos
vão. Para se transformarem em gente. Deixar as coisas de criança. Em cada
criança brincante dorme um adulto produtivo. É preciso que o adulto produtivo
devore a criança inútil.”
E assim
aconteceu. Há certos golpes do destino contra os quais é inútil lutar.
O menino de carne e osso aprendeu coisas
curiosas: nomes de heróis, frases que teriam dito, as alturas de montes onde
nunca subiria, as funduras de mares onde nunca desceria, a distância de
galáxias, o 'SE', partícula apassivadora, o "se", símbolo de
indeterminação do sujeito, nomes de cidades de países longínquos, suas populações
e riquezas, fórmulas e mais fórmulas...
Sabia que tudo aquilo deveria ter um
motivo. Só que ele não entendia. O desejo permanecia selvagem. E disto eram
provas aquelas notas vermelhas no boletim, testemunhas de como o menino
cavalgava longe do desejo dos outros, conspiradores secretos, escondidos na
monotonia dos currículos que não faziam o seu corpo sorrir...
"Pra que serve tudo isto?", ele
perguntava. E o pai respondia, sábio e paciente: “Um dia você saberá. Por hora
basta de saber que papai sabe o que é melhor para seu filho...”
O menino
cresceu. E aconteceu que, em meio às suas rotinas, veio a se encontrar com dois
cavalheiros bem-vestidos e de fala branda, que se puseram a contar estórias de
um mundo encantado sobre o qual ele nunca ouvira falar. Eles disseram de heróis
em aventais brancos cavalgando microscópios e telescópios, brandindo máquinas
fantásticas e aparelhos misteriosos, em meio a líquidos mágicos que faziam
viver e morrer, encastelados em templos onde as coisas visíveis ficavam
invisíveis e as coisas invisíveis ficavam visíveis, e lhe disseram de prodígios
de verdade, e lhe perguntaram se ele não desejava se transformar num mago, num
artista... A recompensa? O Poder, o conhecimento de segredos que ninguém
conhece, a glória, ser olhado por todos como um ser diferente, sublime,
superior. Se os seus prodígios fossem maiores que os de todos, ele poderia
aparecer no palco supremo da ciência, em país distante, onde os mortais se
revestem de imortalidade...
O menino grande se lembrou dos sonhos do
menino pequeno. E sorriu. Finalmente, chegara o momento da sua realização.
Estranhou que os narizes dos respeitáveis cavalheiros tivessem crescido enquanto
falavam. Mas, logo o tranquilizaram: “É só para te cheirar melhor, meu
filho...”
Começaram as transformações. Primeiro os
olhos. Já não refletiam outros olhares e nem borboletas...
Aprenderam a concentração, a disciplina.
Depois o corpo, que desaprendeu a dança, o voo dos papagaios e o brinquedo. Era
necessário dedicar-se totalmente. Os pensamentos abandonaram as fantasias e os
contos de fadas. Passaram a morar no mundo das fábulas e dos experimentos. Até
o prazer da comida se satisfez com os sanduíches rápidos do almoço, e na cama o
corpo se esqueceu do corpo...
E aprendeu
coisas preciosas. Que o corpo do cientista é neutro. Que ele não se comove por
considerações de valor ou prazer. Que está acima da vida e da morte (isto é
coisa de políticos, militares e clérigos), em dedicação total ao saber.
Bastava-lhe ser um devotado servidor do progresso da Ciência.
Mas tantos sacrifícios acabaram por receber
merecida recompensa. A sorte soprou, favorável, e de seu corpo diferente surgiu
uma nova magia, e o palco da imortalidade lhe foi aberto. Lá, perante todos,
compreendeu que valera a pena. Duas lágrimas lhe rolaram pela face.
Já não era o menino de outrora, carne e
osso, crescera. Estava diferente. Os aplausos de madeira enchiam a sala. Era a
glória. E foi então que o milagre aconteceu. O recinto se encheu de suave
luminosidade, e a Mosca Azul, que até então só habitava os seus sonhos, veio de
longe e roçou o seu rosto com suas asas. E a grande transformação aconteceu.
Era um boneco de madeira, inteligência pura, sem coração. E os milhares de
bonecos, iguais, de pé, não paravam de tamanquear os seus aplausos ao novo
irmão, enquanto gritavam o seu nome: ”Pinóquio, Pinóquio , Pinóquio...”
(Rubem Alves)
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